quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Da evolução à criação: minha jornada de fé


"Sua mãe está indo para o inferno, onde será atormentada para sempre e sempre." Era o que eu ouvia vez após vez de meu instrutor católico sobre minha mãe, uma crente luterana que estava morrendo de câncer. Como pode um Deus de amor punir uma mãe fiel como a minha? Se existe um Deus, eu O odeio. Com idade de dez anos eu era um ateu convicto. Formei-me em zoologia pela Universidade de Capetown, onde imperava o evolucionismo. Entre meus professores encontravam-se homens brilhantes cujos trabalhos sobre a evolução de crânios humanos tinham acolhida em museus de todo o mundo. Como ateu consumado prossegui estudando para obter meu doutorado e começar uma carreira como orador titular na Universidade Stellenbosch. Minha vida girava em torno da evolução. Ensinava o evolucionismo. Baseava minha pesquisa na evolução. Para mim, Deus não existia. Durante uma palestra, uma jovem me enfrentou: "O que o senhor diz, Dr. Veith, é mentira. Deus criou o céu e a Terra em seis dias." Eu explodi em ira, refutando-a veementemente até que ela começou a chorar. Os estudantes ficaram impressionados com minha habilidade de refutar a Criação. Minha vida era satisfatória. Uma esposa maravilhosa, um belo garotinho e uma carreira de prestígio. Deus era a última coisa em minha mente, até a noite em que meu filho ficou gravemente enfermo. Nada que os médicos faziam produzia diferença. Em desespero, volvi-me a Deus como última opção. Voltei à Igreja Católica para pedir misericórdia a Deus. Meu filho foi salvo. Como obrigação, mais do que por qualquer outra razão, comecei a freqüentar esporadicamente a missa. Certa vez perguntei a um sacerdote sobre evolução e criação. Ele disse: "Todo o mundo sabe que existimos mediante a evolução." Magnífico! Posso apegar-me tanto à evolução quanto a Deus. Então, um dia, conheci um carpinteiro que devia reformar nossa cozinha e que mais tarde mudaria minha vida por completo. Numa apresentação casual ele disse: "Eu ando com o Senhor." "Você anda com o Senhor. Eu quero apenas uma cozinha. Está bem?" Ele disse, "Ok", entregando-me um folheto que enfiei numa gaveta, em seguida. Gradualmente várias coisas na Igreja Católica começaram a me perturbar. Por que fazem as mesmas rezas e celebram os mesmos ritos sempre e sempre? O sacerdote tem realmente poder para mudar o pão e o vinho no verdadeiro corpo de Cristo? Ao estar sentado, certo dia, num dos bancos do fundo da igreja, observei uma pequena luz vermelha piscando numa caixa, significando que a hóstia estava dentro. Eles têm a Deus trancado nessa caixa. Eu orei: "Onde estás, Deus? Eu não Te conheço, mas se realmente existes, precisas mostrar-me." Apressando-me para casa, apanhei o folheto que o carpinteiro havia me dado. Em três colunas o impresso mostrava três versões dos Dez Mandamentos: a bíblica, a luterana e a católica. Usando um catecismo e uma Bíblia, comecei um estudo comparativo. Os mandamentos não se equivaliam. Intrigado, procurei o número do telefone do carpinteiro. Esse foi o início de uma longa série de estudos bíblicos. Minha confusão aumentou quando o carpinteiro começou o tópico do sábado. Como observar um mandamento que diz que o Senhor criou os céus e a terra e o mar em seis dias? Nessa mesma época minha secretária entregou-me uma pilha de documentos contra o sábado e os adventistas do sétimo dia. Entreguei o material à minha esposa. "Examine isso", eu disse. "Pode ser que haja uma saída para nós." Enquanto eu lutava com a Criação, ela lutava com o sábado. Ao completar sua investigação minha esposa declarou: "Isso me convenceu de que o sábado está certo." Um documento contra o descanso do sétimo dia provou-lhe que a mensagem do sábado era de fato verdadeira!Esse era para mim um grande problema. Eu não podia santificar um dia que representasse a semana criativa de seis dias. Ainda cria que o mundo levara pelo menos seis bilhões de anos para chegar onde estava. Lutando com meu dilema, orei: "Deus, se existes e se há algo de errado com o que creio, revela-me." Nossa universidade tinha a maior biblioteca de base evolucionista do hemisfério sul. O estudo de um livro em particular deixou-me pensativo. Uma edição mais antiga falava sobre o grande problema dos cetáceos ou baleias, porque apareceram subitamente no registro fóssil e plenamente formados. Contudo, uma edição mais recente dizia que os cetáceos têm uma origem antiga, evoluindo uns dos outros. Examinei modelos evolucionários semelhantes. Enquanto as edições mais antigas admitiam dificuldades não resolvidas, as mais atualizadas nunca admitiam haver problema. Quanto mais livros eu comparava, mais discrepâncias achava. Comecei a fazer uma lista delas, conferindo o significado de termos hebraicos e gregos, verificando fatos históricos e examinando as profecias bíblicas. No fim de tudo, não encontrei saída! Disse à minha família: "Vamos observar o sábado e começar a freqüentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia." Embora observasse o sábado, ainda continuava ensinando a evolução. No íntimo eu sabia que tinha que fazer uma mudança quando fui solicitado a conduzir uma discussão de pós-graduação sobre evolução. Deveria erguer-me pelo que cria? Na discussão falei sobre todo o sistema de genes, destacando cada problema e enfaticamente encerrando com a declaração: "A evolução não é possível!" Houve um momento de silêncio, então o mundo desabou. Um colega ficou vermelho como pimenta e gritou comigo. Seguiu-se uma reunião onde foi votado que a base para todo o ensino devia ser o evolucionismo. Minha vida era inútil em termos de credibilidade científica. Entreguei o pedido de demissão. Vendemos nossa casa e compramos uma fazenda de produção de trigo e leite, usando todo o nosso dinheiro e mais um empréstimo bancário. Plantamos trigo e a lavoura cresceu tanto que os fazendeiros do distrito inteiro vinham olhar. Diziam: "Um homem de universidade como você deve saber algo que ignoramos." É porque estamos caminhando com o Senhor. Eu imaginava: agora que somos cristãos, tudo sairá bem. Logo aprendi que ser cristão não garante uma caminhada tranqüila. A vida seguia muito bem até que um grande bando de pássaros voou e, ignorando todas as fazendas ao redor, transformou nosso trigal em seu lar e restaurante. Eles comeram e comeram até não sobrar nada. Para piorar as coisas, ambos os nossos automóveis foram danificados em acidentes graves. Tudo que eu tinha eram dívidas maiores do que o valor da minha fazenda. Na mesma ocasião, a economia da África do Sul afundava. Deus, como o Senhor pode fazer isso comigo? Não tenho meios de sustentar-me. Minha credibilidade científica se foi. Não posso retornar ao meu antigo trabalho. Estou liquidado! Enumeramos todas as promessas que pudemos encontrar na Bíblia e oramos: "Senhor, estas promessas são para nós. Por favor, não nos deixe sem dinheiro ou alimento. Que seja feita a Tua vontade." O telefone tocou na manhã seguinte. Era a universidade. "Temos um professor que está se afastando por um ano. Você poderia substituí-lo?" "Sabe que não ensinarei evolução", respondi com firmeza. "Apenas apegue-se à ciência. Estamos em grande necessidade de um substituto." "Ótimo. Quando começo?" "Em três meses." Nesses três meses teríamos provavelmente morrido de fome. Vinte minutos depois o telefone tocou outra vez. Era a universidade. Devido a alguns problemas com comissões e burocracia, eles precisavam que eu começasse dentro de três dias! Tínhamos somente três dias para encontrar quem cuidasse da fazenda e nos mudarmos para a universidade. Novamente, contamos somente com o Senhor. "Senhor, não temos dinheiro para contratar alguém para cuidar da fazenda. Por favor, ajuda-nos a encontrar uma saída para o nosso problema." Quase imediatamente um jovem casal bateu à porta. "Perdemos o emprego numa fazenda porque nos recusamos a trabalhar aos sábados. Estamos procurando um lugar onde morar." Deus operou milagre após milagre para suprir nossas necessidades. Até encontramos um lugar onde morar até o fim do mês sem precisar pagar aluguel. Poucas semanas depois que comecei a lecionar, fui convidado a participar de uma excursão sobre ciência bíblica conduzida pelo Dr. Ariel Roth, do Instituto de Pesquisa em Geociência de Loma Linda, Califórnia. Eu realmente desejava ir, para ver mais evidências que confirmassem minha crença no relato bíblico do Dilúvio e da Criação, mas não podia obter licença de seis semanas em meu novo trabalho. Então rebeliões eclodiram por toda parte e meu país virou um caos. A universidade foi fechada por seis semanas. O tempo ajustou-se perfeitamente. Integrei-me à excursão de geociência e comecei a desenvolver minha própria série de palestras sobre a Criação. Ao término de meu contrato de um ano com a universidade, havia várias vagas permanentes de ensino. Fui considerado para uma delas. "Veith é muito controverso. Ele tem idéias estranhas", muitos disseram. Contudo, aqui estou, chefe do Departamento de Zoologia numa universidade secular. Eu ensino Criação. Parece impossível. Mas aconteceu porque Deus me desejava aqui. E Ele pode manter-me aqui por tanto tempo quanto desejar. Quando essa porta se fechar, Ele encontrará algo melhor para mim. Walter Veith é chefe do Departamento de Zoologia da Universidade de Western Cape, África do Sul. Seu website: www.amazingdiscoveries.org

Um comentário:

Tanison Dí Almeida disse...

meu DEUS,seu depoimento é emocionante... se as pessoas ao menos tivessem o discernimento de apenas ler a bíblia, descobririam a verdade que é tanto oferecida em igrejas-bancos... que Deus te abençoe ainda mais !!!!